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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S502-S503, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859699

ABSTRACT

Objetivos: A pandemia por COVID-19 trouxe grandes desafios para as instituições de ensino superior durante o ano de 2020. Esse relato tem por objetivo discutir possíveis soluções para esses desafios, do ponto de vista do ensino da Hematologia para a graduação em Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora. Material e métodos: Relato da experiência da disciplina e revisão da literatura. Resultados: As atividades presenciais da graduação de Medicina da UFJF foram suspensas em março de 2020, devido às condições sanitárias relacionadas à pandemia. Em setembro do mesmo ano, foram retomadas as aulas das disciplinas teóricas, no formato de ensino remoto emergencial. Nesse intervalo, comissões formadas por docentes e alunos procuraram abordar os principais desafios enfrentados pela instituição e sua comunidade, dentre eles: a impossibilidade da realização de atividades presenciais devido à necessidade de isolamento social, a dificuldade de acesso de parte dos alunos a computadores e conexão de internet em seu domicílio, a preocupação em evitar que a realização de disciplinas remotas prejudicasse a qualidade do ensino. Dessa forma, optou-se, na disciplina de hematologia, pela seguinte organização, para cada semana de aula: videoaula de 20 a 30 minutos de duração, em formato assíncrono;materiais para estudo, como artigos científicos ou capítulos de livro, com aproximadamente 1 hora para leitura;pós-teste com questões objetivas, por meio de formulário online, com 10 minutos para realização. Os seguintes temas foram escolhidos como essenciais para serem abordados nesse formato ao longo de oito semanas: anemias hemolíticas, anemias não hemolíticas, fisiologia da coagulação e patologias associadas, leucemias, linfomas, gamopatias monoclonais, medicina transfusional. As notas obtidas com os pós-testes foram adicionadas para computar a nota final. Os professores ficavam disponíveis para sanar eventuais dúvidas através da plataforma online. Na nona e décima semana de aula, os professores prepararam uma sessão de discussão de casos clínicos com os temas abordados. Discussão: Em um período de poucos meses, instituições, docentes e alunos precisaram se adaptar a uma realidade súbita e pouco flexível trazida pela pandemia. Isso os impulsionou a buscar estratégias alternativas de ensino à distância, com a preocupação de manter a qualidade e de utilizar metodologias com evidências científicas e/ou que já estavam em uso por outras instituições. As avaliações positivas dos alunos recebidas ao final dos dois períodos letivos de ensino remoto emergencial sugerem que, embora ainda passível de melhorias, a estratégia utilizada atingiu seu objetivo.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S312, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859635

ABSTRACT

Objetivo: Relatar um caso de tetraparesia flácida após início do esquema vacinal em paciente submetida a transplante de medula óssea (TMO) autólogo para tratamento de linfoma não Hodgkin. Relato do caso: Trata-se de uma mulher parda, de 32 anos, com histórico de linfoma não Hodgkin, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, submetida a TMO em abril/2020 que, após iniciar regime vacinal de rotina pós-TMO, em outubro/2020, evoluiu com sintomas sistêmicos inespecíficos, caracterizados por febre não aferida, náuseas e vômitos. Nenhum quadro infeccioso foi detectado naquele momento. Cerca de 12 dias mais tarde, a paciente passou a apresentar quadro sensitivo-motor caracterizado por parestesia e paresia ascendentes, inicialmente em pés, com progressão para o abdome e mãos em 24 horas, além de disfagia para líquidos e diplopia. Familiares relatavam ainda alguns episódios de síncope nos últimos dois dias anteriores à consulta médica e sudorese extrema e intermitente na região da face. A paciente foi admitida em unidade de terapia intensiva onde foram verificadas hipotonia generalizada, arreflexia global, disautonomia e dissociação proteíno-citológica na análise do líquido cefalorraquidiano, estabelecendo-se o diagnóstico de Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Foram descartados quadros infecciosos, inclusive COVID-19, assim como a recidiva do linfoma. Três dias depois houve deterioração da função respiratória com necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Optou-se por tratamento com plasmaférese (cinco sessões em dias alternados com troca de uma volemia plasmática por sessão). Os efeitos colaterais ao procedimento foram um pequeno hematoma em local de inserção do acesso venoso e distúrbios eletrolíticos moderados, corrigidos sem dificuldade. A recuperação motora foi rápida e a paciente recebeu alta hospitalar após 20 dias de internação, deambulando sem apoio e mantendo-se livre de quaisquer sequelas sensitivo-motoras durante o seguimento. Discussão: paralisias flácidas progressivas são condições frequentes em departamentos de urgência, mas que ainda constituem relevante desafio diagnóstico. Na maioria das vezes a SGB está associada a uma resposta imunológica a um estado infeccioso prévio, porém, em alguns raros casos, pode se desenvolver após imunizações ou transplante de medula óssea. A plasmaférese é tão efetiva quanto a infusão de imunoglobulinas no tratamento da SGB, embora com mais efeitos colaterais em potencial como hipotensão, sepse, reações transfusionais e problemas relacionados ao acesso vascular. Os resultados tendem a ser superiores quando a plasmaférese é iniciada nos primeiros sete dias do surgimento dos sintomas, melhorando a força muscular, diminuindo a necessidade de ventilação mecânica e acelerando a recuperação dos pacientes com SGB grave. Conclusão: a rápida progressão sintomática apresentada pela paciente e a excelente resposta clínica após a instituição da plasmaférese reforçam a importância de um diagnóstico precoce pois, com a terapia adequada é possível atingir uma reversão completa das manifestações e evitar danos neurológicos permanentes.

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